26 de março de 2012

Apenas um grão de areia

 É muito fácil estar bem, mesmo quando não o conheceu, estar mal requer interrogações, reticências, palavrões, consciência, desejos e explicações. Quando se está bem, está bem e ponto final, exclamação. Sou apenas um grão de areia, tão pequena, tão fácil de deixar escapar das mãos. Em meio a todos os livros amontoados, cobertos por poeira, eu sou apenas um grão de areia, que sozinho não tem valor, cheiro ou cor. O vento vem com sabor de novidade, me leva tão depressa, me deixa a vontade, dessa maneira deixando deixar-me levar, sou apenas um grão de areia, que vive de oscilação, que vai e vem no beira-mar da vida, apenas um grão de areia.  Sempre há o sol que renova e traz a calmaria. A ideia do que se deve absorver e do que pode deixar a maré levar. E assim, enfim, resta o que o há de calmo, o resto a maré leva, o que não é ruim resta e basta.

Karen Marques e Winne Muryanne

Um comentário:

Winne Muryanne Tapiramutá disse...

Ficou lindo, como eu faço a diferença nos textos né... rsrsrs
Começa legal, no meio fica bom e no final ta ótimo. Isso é q é lindo!
Verdadeira obra de arte! rsrs